sábado, 8 de novembro de 2008

Passeio: Canoa Quebrada (2)

Como eu fui para aproveitar a praia, acordei cedo, troquei parabéns com minha esposa por nosso aniversário de casamento e após uma ducha quente descemos para tomar café da manhã no hotel.

A mesa estava farta com bolo, biscoitos, pães, frutas, queijo, presunto, sucos, leite, café, tapioca, cuscuz, etc. Fiz um bom prato e ainda repeti algumas guloseimas. O ambiente era bem ventilado com vista para o jardim do hotel. Quem me dera ter uma refeição dessas todas as manhãs.



Pouco depois descemos para a praia sem nada planejado. Apenas passeamos de uma ponta a outra da área de barracas, observando alguns barcos de pescadores ao mar, alguns outros na areia, as falésias (um tipo de muralha natural que cria um belo contraste com a praia).



Agora eram umas 10h da manhã e o sol já castigava com seu calor. Paramos numa barraca para tomar uma água de coco. Mal sentamos e começamos a ser abordados por diversos vendedores ambulantes, em sua maioria artesãos que vinham oferecer suas obras por alguns trocados. Eu realmente sou meio bobo com essas coisas, gosto de olhar tudo e se tivesse grana compraria um de cada, tanto pra ajudar o camarada quanto para levar uma recordação ou presentes para a família. Como não podia atender a todos (pois é... professor não ganha tão bem assim) comprei apenas um beija-flor feito com conchas que foi um dos mais baratinhos que apareceram.



Decidimos então fazer o passeio de Bugre organizado pela Associação de Bugres de Canoa Quebrada (ABCQ) que leva o turista para conhecer as atrações naturais da cidade. O valor é bem salgado (R$ 25,00 por pessoa) para um passeio que dura cerca de 80 minutos. Ainda assim resolvemos arriscar. Esperamos mais de 1 hora para conseguir outro casal para “fechar” a lotação, coisa que não conseguimos enquanto estávamos na praia, pois os turistas que chegavam já vinham em grupos e nunca sobrava vaga para nos encaixar. Tivemos que ir até a sede da associação para tal.



Alguns minutos depois estávamos passeando pelas dunas em direção ao início das falésias onde se encontra o símbolo da cidade (lua e estrela). Dalí fomos ao ponto mais alto da cidade, onde os turistas costumam ir para ver o por do sol no horizonte. Para minha surpresa havia um senhor com dois jumentinhos debaixo de um guarda-sol oferecendo os animais para nos acompanhar nas fotografias (pela simbólica contribuição de R$ 1,00). Para nós, nordestinos, jumento não é novidade, mas não perdi a oportunidade e me fiz de turista.



A próxima parada foi no “Aero-Bunda”, também conhecido como Tirolesa, uma brincadeira em que você desliza por um cabo fixado no alto de uma duna até um pequeno lago dezenas de metros abaixo. Confesso que sou muito mole para essas coisas. Detesto parques de diversão, o máximo que vou é na Auto-Pista (bate-bate). Escorregar de cima de um morro não é minha idéia de diversão. Mas minha esposa adorou a idéia e foi na maior, sem medo nenhum, dando a deixa para eu ouvir uma piadinha do camarada que controlava o brinquedo.



A última etapa do passeio nos levou até o “Oásis”, um pequeno lago no meio das dunas. Realmente lembra os oásis que vemos naqueles velhos filmes de Ali-Babá e afins. No local funciona uma barraca que oferece alguns petiscos e bebidas aos passantes. Assustei-me com o preço de um pote de 250g de doce de caju (R$ 5,00). Não sei se é porque aqui em Mossoró temos fácil acesso a esta fruta, mas achei um absurdo. Mais um pega-besta (turista). A outra atração do local são uns moinhos de vento usados para bombear água do lençol freático para uma cascata em forma de dragão (feito de talos de carnaúba).



De volta à cidade ficamos um tempo na piscina do hotel, fechamos a conta e fomos procurar um local para almoçar. Acabamos encontrando um restaurante chamado Café Habana cujo dono é cubano. O local é muito organizado, apresenta uma decoração com bandeiras de Cuba, algumas pinturas e quadros que lembram o país. Fomos muito bem atendidos e optamos por um prato que estava na promoção, por R$ 21,90 tivemos uma travessa muito bonita com salada, batatas-fritas, muita carne, baião de dois e farofa. Saí totalmente satisfeito, com vontade de voltar no tempo e ter escolhido jantar ali na noite anterior ao invés de pizza dura.



Por volta das 16:00h, tomamos a estrada de volta à Mossoró, com espírito renovado, humor esplêndido e desejo de voltar muitas outras vezes (com mais dinheiro para gastar em lembranças).

Mais imagens podem ser vistas no box “Cliques” na barra lateral.

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