segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Companheiro inseparável do jogador de videogames

Esse artigo foi originalmente escrito para o site NowLoading, mas como até hoje não foi publicado, resolvi postar aqui no blog. Confira!



Como a coluna abriu espaço para comentar sobre uma história de console, ao invés de um jogo, eu gostaria de usar o espaço para relembrar algo que durante muitos anos foi companheiro inseparável dos jogadores: O CADERNINHO DE RECORDES E DICAS.

Por volta de 1990 e durante alguns anos mais, quando nem se ouvia falar de internet ainda, a única fonte de informação para os jogadores eram as pouquíssimas revistas de games como a Videogame, Ação Games, GamePower, SuperGame, etc.

Como os moleques que viviam enchendo o dono das locadoras mal tinham grana para alugar um cartucho (aqui chamados de “fita”), ou passar uma hora jogando no estabelecimento, o único jeito de conseguir as revistas era abrir mão da mesada ou se reunir em grupos de cinco ou mais para adquirir as revistas.

Lembro que era festa quando os garotos juntavam as moedas do lanche e saíam da banca com o a última edição em mãos. Revista esta que trazia o detonado daquele game mega-difícil que ninguém sabia como passar do chefe final ou não conseguia achar o item que era necessário para abrir determinada porta e passar de fase.

Apesar do esquema do revezamento – cada um ficava 2 dias com a revista – o que a maioria dos garotos fazia, inclusive eu, era anotar todos os códigos, passwords, estratégias, passagens secretas, mapas, etc., num caderno pequeno (espiral, capa mole) que estivesse dando sopa junto ao material escolar. Assim era garantido ter a dica quando empacasse em algum ponto e não estivesse com a revista em mãos.

Outra coisa muito comum era anotar as maiores pontuações que se obtinha nos jogos, com a respectiva data e comparar com os colegas. O bisavô dos rankings on-line que existem hoje.

Quando a galera começou a trapacear, inventando recordes, as “testemunhas” tinham que ver o “esperto” repetir a façanha para poder acreditar, algo que raramente acontecia. Ou se acontecia, a galeria dizia que tinha sido “no bambo” (traduzindo: na sorte). Aqueles que tinham um videocassete VHS em casa podiam gravar os finais dos jogos, ou as pontuações para provar que eram realmente feras!

Com a chegada da internet e sites como o www.gamefaqs.com a magia do caderninho deixou de existir, mas viverá em minhas lembranças e terá minha eterna gratidão por ter ajudado a zerar tantos jogos do NES, SNES, MEGA DRIVE, MASTER SYSTEM...

Um comentário:

Jeiber disse...

sou desta época tbm... me lembro do caderno dos códigos do game Mortal kombat super nintendo, era 24 hr por dia jogando !
bons tempos hj basta vc entrar na internet e imprimir os códigos ou o jogo detonado inteiro, q moleza!